Depois dos espetáculos diálogos entre a gastronomia da África do Sul, dos Camarões e do Brasil.

Pedimos aos nossos artistas participantes receitas que, para eles lembrassem as suas terras, e que os nossos associados executarão.

Reserva obrigatória, lugares limitados.

12€ (petiscos, prato, sorvete da madeira) bebida não incluída.

Gastronomia
Reserve aqui receberá a confirmação por Email

04 de Novembro, sexta feira, às 22h30, na sala da Paróquia

A culinária camaronesa (francês: cuisine camerounaise) é uma das mais variadas da África devido à sua localização na encruzilhada entre o norte, o oeste e o centro do continente; a diversidade de etnias com mistura que vai de Bantus, Semi-bantus e Shua-Arabs. Soma-se a isso a influência da colonização alemã e, mais tarde, da anexação francesa e inglesa de diferentes partes do país.
Esta receita foi-nos dada pela mãe de Patrick Bebey
Frango do campo com sementes de abóbora, arroz e banana plátano.

05 de Novembro, sábado, 22h30 na sala da Paróquia

A cozinha de Macau, considerada única no mundo, nasceu quando as esposas orientais dos portugueses tentavam recriar comidas portuguesas com os ingredientes locais e com os ingredientes oriundos dos lugares visitados pelos portugueses na era dos Descobrimentos. É, por isto, vista como a genuína gastronomia de fusão.
Cozinha de fusão
É um cruzamento de influências único que utiliza ingredientes e temperos europeus, africanos, indianos e do sudeste asiático.
Com mais de 450 anos de história, a comida macaense é uma fusão de sabores e técnicas culinárias, de onde resultam pratos repletos de especiarias como o açafrão-da-Índia, a canela, o cravo e o leite de coco e que dão aos pratos aromas e sabores inesquecíveis.
Macau foi classificado como Cidade Criativa da UNESCO em Gastronomia, adicionando assim mais um selo emblemático ao portfólio da cidade.
Caril de Gambas com Gombos (quiabos)

06 Novembro, domingo às 21h00, Estalagem da Ponta do sol

“A feijoada é um dos pratos típicos mais conhecidos e populares da culinária brasileira. Composta basicamente por feijão preto, diversas partes do porco, linguiça, farinha e o acompanhamento de verduras e legumes, ela é comummente apontada como uma criação culinária dos africanos escravizados que vieram para o Brasil. Mas seria mesmo essa a história da feijoada?

Historiadores e especialistas da culinária indicam que esse tipo de prato – que mistura vários tipos de carnes, legumes e verduras – é milenar. Remonta possivelmente da área mediterrânica à época do Império Romano, segundo Câmara Cascudo. Pratos similares na cozinha latina seriam o cozido, em Portugal; o cassoulet, na França; a paella, à base de arroz, na Espanha; e a casouela e o bollito misto, na Itália.

Mas a feijoada tem as especificidades da culinária brasileira. O feijão preto é originário da América do Sul e era chamado pelos guaranis de comanda, comaná ou cumaná. A farinha de mandioca também tem origem americana, sendo adotada como componente básico da alimentação pelos africanos e europeus que vieram para o Brasil. Roças de feijão e mandioca eram plantadas em diversos locais, inclusive nos espaços domésticos, em torno das residências, principalmente das classes populares.

Segundo Carlos Alberto Dória, a origem da feijoada estaria no “feijão gordo”, o ensopado da leguminosa acrescido de toucinho e carne seca. A feijoada seria esse “feijão gordo” enriquecido ao extremo, com linguiças, legumes, verduras e carnes de porco.

A inclusão do último ingrediente acima indicado levou Câmara Cascudo a questionar se a feijoada seria invenção dos africanos escravizados: sendo boa parte dos africanos seguidora do islamismo, como poderiam ter incluído a carne de porco no prato, já que a religião interdita seu consumo?”
Extrato da “História da feijoada” em: https://brasilescola.uol.com.br/historia/historia-feijoada.htm