Primeira e premiada obra de Clara Roquet, estreada em Cannes
na Semana da Crítica, esta deslumbrante crónica adolescente da passagem
à idade adulta num Verão na costa da Catalunha, é, como escreveu o El País,
“uma explosão de descobertas e rebeldia”, intensa, calorosa e sensível,
comovedora, e de uma sinceridade profunda. A Libertad que chega da
Colômbia onde vivia com a avó, e que dá o título ao filme, irrompe pela
vida de Nora, filha de uma família catalã burguesa em férias, para quem a
sua mãe trabalhava. Pode a amizade entre as duas ultrapassar as
barreiras de classes? Pode o olhar adolescente, utópico e naïve de Nora mudar o comportamento dos adultos à sua volta?

Esta sátira social dissonante é também uma experiência dos sentidos,
quando o filme se deixa ir, embalado pelo magnetismo dos corpos
adolescentes à beira do mar, atingidos pelo despertar irremediável do
desejo. Um dos grandes filmes espanhóis do ano!

Atores: MARIA MORERA, NICOLLE GARCIA, NORA NAVAS, CAROL HURTADO, CARLOS ALCAIDE, OSCAR MUÑOZ, SERGI TORRECILLA, MARIA RODRÍGUEZ SOTO, DAVID SELVAS, VICKY PEÑA / Realização: Clara Roquet / Argumento: Gianfranco Rosi / Direcção de Fotografia: Gris Jordana AEC / Montagem: ANA PFAFF AMMAC / Música Original: Paul Tyan / Direcção de Arte: Marta Bazaco / Guarda-roupa: Vinyet Escobar / Produtores: TONO FOLGUERA, MARÍA ZAMORA, SERGI MORENO, STEFAN SCHMITZ / Distribuição: Leopardo Filmes / Duração: 104 minutos / Estreia em Portugal: 25 de Agosto de 2022

Festivais e Prémios:
Festival de Cannes 2021 – Semana da Crítica
Prémios Goya 2022 – Melhor Jovem Realizadora | Melhor Actriz Secundária (Nora Navas)

A Associação Travessias Culturais é um organismo por excelência vocacionado para a produção, gestão e divulgação de eventos e projetos socioculturais. Como tal, necessita imperiosamente de reunir todas as condições necessárias para que a realização dos seus propósitos. E um deles é uma nova edição anual do Festival Mini Travessuras. Este certame tem como objetivo primordial, ou se quisermos, a “missão” de “levar o mundo à ilha e a ilha ao mundo”. Como evento ultraperiférico que é, o Festival Mini Travessuras, foi concebido como um veículo capaz de desenvolver e expandir a diversidade.  Apresenta assim, variadas áreas ou naturezas do conhecimento, arte, ciência, cultura e ética. Claro que sempre dentro de uma lógia pluridisciplinar, tendo sempre em vista a valorização e a educação para a chamada cidadania reflexiva.

Neste sentido, foi pensado como um festival abrangente e diverso, devidamente estruturado de forma a permitir a colaboração entre agentes culturais locais, nacionais e estrangeiros, fomentando uma troca de experiências, conhecimentos técnicos e ideias que visam expandir horizontes pessoais, culturais, locais e regionais.

Neste contexto entra naturalmente o cinema no Festival. Pretende-se dar continuidade aos princípios e objetivos da programação nos últimos anos do projeto “Encontro com o Cinema”. Essa iniciativa, cujo objetivo principal é proporcionar à população o acesso a cinematografias paralelas e alternativas aos comuns circuitos comerciais, colabora no festival, selecionando um filme. Tendo como pano de fundo as dinâmicas das influências multiculturais do continente africano na europa, e as suas consequências e repercussões, achámos ser o filme escolhido em causa, coerente e bem integrado nas temáticas dominantes. O público alvo não é restrito. Não é esse o objetivo do festival. Visa chegar às populações, não só a local, como de toda a região, permitindo-lhes a oportunidade de ter acesso ao cinema numa perspetiva cultural, recreativa, social e artística.