Rui Frati é um aclamado ator e encenador brasileiro. Diretor do famoso Théâtre de l’Opprimé (Teatro do Oprimido), em Paris, surge nos dias de hoje como, um dos principais impulsionadores e pensadores das artes cénicas a nível global.
Com um extenso e invejável currículo, já teve oportunidade de trabalhar ao longo da sua carreira com grandes figuras como Robert Wilson, Andrei Serban, Enrique Buenaventura, Augusto Boal, Ariane Mnouchkine, Maurice Vanneau, Alvin Nikolais, numa lista que parece interminável…
A sua carreira nos grandes palcos começou no Brasil, onde se formou em teatro e sociologia. Durante a década de setenta, viu-se forçado a sair exilado do Brasil, passando por diversos países.
Na Europa, antes de se estabelecer em Paris em 1979, trabalhou no Conservatório Nacional de Lisboa lado a lado com Augusto Boal, fundador da metodologia teatral, Teatro do Oprimido, uma das maiores figuras do teatro internacional. No mesmo período atuaram juntos em diversos projetos teatrais, tanto em Portugal como na França.
É na capital francesa, em 1998, que recria o Teatro do Oprimido e que continua a dirigir até aos dias de hoje, sucedendo Augusto Boal. Aí desenvolve o método do Teatro do Oprimido, uma metodologia inspirada nos ensinamentos de Boal, entre os quais o teatro fórum um jogo teatral que torna os espectadores em atores tentando trazer à tona a palavra e a reflexão.
Além do teatro, muitos projetos e conferências internacionais, Rui Frati, é ainda diretor do Festival MigrActions, um festival internacional multidisciplinar (teatro, música, fotografia, BD, dança, cinema, workshops, gastronomia…). O festival encontra-se desde 2007, voltado para migração entre gerações, culturas, disciplinas, na procura de um viver melhor.